segunda-feira, 20 de julho de 2015

É que as vezes, muito de mim é só resumo. Hoje meu enredo está entre aspas pois mesmo ainda que sempre novo, continuo eu apenas uma citação compulsória do meu texto original. E por mais que diga que não, sou sim, a cópia barata do que antes era novidade. Hoje sou museu, mas não do tipo detalhe em ouro, passeio Del Prado. Eu sou do tipo "exposição intinerária": sempre mudando, mas sempre o mesmo. Hoje eu sou mutante, mas do tipo as avessas: imutável no tempo do infinito. Hoje é, mais uma vez, dia de olhar para as estrelas. Então olha, meu bem, o céu esta noite. A estrelas que nos observam hoje são as mesmas que assistiram o suicídio grego. São as mesmas que descobriram o novo mundo. E certamente serão as mesmas que vão ver o fechar dos meus olhos. Tanto já viram. Continuam as mesmas. Assim como eu. Mas diferente de mim, as estrelas reconhecem seu brilho. Já eu: atolado no mesmice dos meus defeitos.